Sunday, March 1, 2009

Comentário no Jornal Público, 1 de Março de 2009 (http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1367196&idCanal=58#Commente)

Para além de uma questão de avaliação e caracterização do cenário, que não será assim tão estranho, pelo que a investigadora garantiu cientificidade em algo que a todos nós que somos docentes do Superior já sentimos há muitos anos, eu gostaria de ver um estudo em que fosse estabelecida uma relação causal entre esta situação e os danos para o País que dela advêm. O Estado, por intermédio do Orçamento de Estado, paga o Ensino Superior Público. E depois este mesmo Ensino Superior Público, funciona como mais um factor de diferenciação social, eternizando espirais de pobreza, ou pelo contrário, conferindo títulos nobiliárquicos sempre às mesmas famílias? HÁ aqui uma enorme reflexão a fazer, há que repensar este modelo de acção social escolar, há que equacionar alternativas, há que combater as fraudes no ensino secundário privado, há que combater a influência. Porque tudo isto se repercute depois a vários níveis: eternização de classes dominantes (como a médica), frustração nos candidatos, afastando-os de carreiras para as quais até poderiam ser talhados, e um prejuízo técnico-científico gigantesco, que representa talvez a maior desgraça do nosso País. Mais em scientias.blogspot.com.