Sunday, June 6, 2010

Comentário no Jornal Público (06/06/2010)

Os governos portugueses, de hoje e de amanhã, não vão criar condições nenhumas que impeçam a fuga de cérebros. Por uma simples razão: quantos menos os esclarecidos a cá ficar, menos reclamações e menos probabilidade de perder eleições. Vejam o exemplo da ciência: onde haveria maior possibilidade de fizar cérebros? O Estado é quem atribui maioritariamente bolsas de investigação, e que cria condições para a fixação de gente em Portugal. E o que faz? Congela carreiras nas universidade públicas, fomentando a mediocridade, o compadrio, o imbreeding, o pagamento de favores - no fundo, a total ordinarice da apropriação da coisa pública por um conjunto de pessoas, mais ou menos organizado, no sentido de retirar o maior proveito para si e para os seus. E o Ministro sabe? Claro que sabe, e compactua com isto. Então se esta é a atitude vigente, acham que irá mudar quando tanto alguns ganharam e ganham? Em comissões, em vencimentos, em ajudas de custo, em participações, em pareceres, em estatuto, em promoções?

Notícia completa em http://www.publico.pt/Sociedade/observatorio-emigracao-aconselha-governo-a-criar-condicoes-para-evitar-fuga-de-cerebros_1440738

1 comment:

Paula said...

Boa noite,
vim parar a este seu blog que, apesar de já ter uns anos, revela um espírito de justiça raro de encontrar no meio científico em Portugal. Gostava de saber se ainda subscreve muitos dos post aqui escritos e se posso de algum modo 'conversar' consigo. Sou doutorada e pós-doutorada. Desempregada, obviamente...
obrigada